terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Relatório da visita domiciliar- Bruna.

No dia 15 de Novembro de 2011, as 15h aproximadamente, foi realizado uma visita domiciliar, juntamente com uma academicia no nono semestre de fisioterapia, da Universidade Federal de Santa Maria, à um paciente de 40 anos de idade, com seguelas de AVE (Acidente Vascular Encefálico), o paciente apresentava limitações na utilização de habilidades cognitivas, alterações na linguagem, cientificamente chamada de afasia e disartria, tendo assim dificuldade se expressar e articular palavras. O acidente vascular encefálico, pegou o lado esquerdo do corpo, sendo assim, as seqüelas causadas ao lado direito do paciente, a acadêmica do nono semestre, explicou que essa patologia, tende ao membro superior ficar em flexão e o inferior em extensão.
A formanda, começou o atendimento, me apresentando e explicando que eu era acadêmica de fisioterapia e estava acompanhando-a , então pude interagir assim com o paciente.
Dando continuidade ao atendimento em seguida foi verificado os sinais vitais e a pressão arterial, como estava tudo sob controle, a formanda fez manobras na parte superior do corpo, o braço, que estava flexionado e os dedos da mão fechados, assim pude observar encurtamento e a contratura das fibras musculares, então ela começou as manobras massageando desde o ombro até chegar as pontas dos dedos, ela dedicou-se mais na mão para soltar as articulações dos dedos do paciente.
Foi uma experiência incrível, fiquei encantada, e por ver que com um simples toque, se faz coisas maravilhosas, ser fisioterapeuta é abdicar nosso tempo, reabilitando e auxiliando no tratamento de uma pessoa, o que te faz ser um ser humano melhor, me senti muito bem por ter participado desse atendimento, pois pude ter a certeza que é esse caminho que tenho que seguir, nada melhor que ver o sorriso e o brilho no olhar de esperança no rosto de uma pessoa!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Relatório de visita - Ane

25/10/2011 – Terça feira

Acadêmica Anerosali Spohr

No dia referido foi feito um acompanhamento da acadêmica do nono semestre L. L. em uma visita domiciliar ao Senhor M., 77 anos, paciente com sequelas de AVE.
Quando chegamos à casa do Sr. M. ele estava sentado no sofá assistindo à televisão, logo que a estagiaria começou a terapia verificou-se um grande edema nos pés do Sr. L. me explicou que o edema estava fibrosado, falou de um teste para verificar o estado do edema.
O Sr. M. está com vários músculos encurtados e outros debilitados, pude perceber bem ao observar que a execução do exercício não estava em sua amplitude máxima. Pude observar também que ao realizar algumas séries de exercícios o Sr. fadigou. Pude fazer uma relação com a matéria de cinesiologia, pois o professor falou sobre fadiga, musculo encurtado e debilitado.
Ao fim da visita, já na vã, eu e L. conversamos e ela falou que a marcha do Sr. M. era atípica, pois era marcha de parksioniano e não de hemiplégico, comentei com ela que observei uma dificuldade na fala, a boca tremia em alguns momentos, e ao realizar um exercício de flexo/extensão do tornozelo, o pé do lado não afetado pelo AVE tremia ao realizar o movimento.
Algo que me surpreendeu foi o fato de o senhor M. estar sozinho em casa, além disso, me surpreendeu o relato de que ele praticava caminhadas pela rua sozinho nos horários em que não estava praticando fisioterapia, sendo que ele precisava de alguma ajuda para chegar até o quarto, onde foram feitos alguns exercícios.
Durante a sessão de fisioterapia o telefone tocou e o senhor M. estava muito longe para que pudéssemos alcançar o telefone a ele, tive que atender e assim ficamos sabendo que a esposa do senhor também precisa de fisioterapia pois sofre de burcite.
Enfim foi uma experiência muito interessante, pois pude conhecer um pouco mais da minha futura profissão além de acompanhar de perto a maneira como a estagiária interagiu com o senhor, conversando sobre assuntos familiares. Senti-me muito útil quando o telefone tocou e tive que atender.

Acampavida

O Acampavida é um evento anual que permite que a comunidade (de idosos em sua grande maioria) interaja com o meio universitário, com o objetivo de proporcionar ao idoso experimentar várias manifestações de conhecimento, lúdico, movimento humano, cultura e principalmente uma oportunidade de interagir com os demais.
A turma elaborou uma oficina que consistia em uma educação em saúde, expondo várias doenças (câncer de pele, hipertensão, infarto, AVE, osteoporose e diabetes), falando sobre elas e os idosos deveriam relatar o que deveria ser feito para que a doença seja evitada. Também abria-se um espaço para perguntas e relatos, como o tempo era curto (10 minutos cada grupo de idoso) as vezes não era possível falara sobre todas as doenças escolhidas.
Foi um experiencia muito intensa e emocionante.

Visita ao Planetário

A professora Maria Saleti organizou um visita do grupo da Coluna ao Planetário da UFSM.
Primeiramente os alunos do terceiro semestre fizeram uma caminhada com o grupo na pista de caminhadas do campus, intercalando alongamentos e exercicios co mtrechos de caminhada, ao fim da caminhada foi feito um lanche, cada um trouxe o seu de casa e seguimos para assistir a apresentação do plantário.
Essa atividade proporcionou uma interação mais intima entre alunos e comunidade, algo que acredito ser essencial na área da saúde. Eu particularmente fiz uma grande amizade com um casal de idosos, até trocamos presentes nos últimos dias de aula.

Aulas na Comunidade

Com o período reservado para as aulas teóricas findado começaram as aulas na comunidade.
Os assuntos abordados nas palestras foram: alimentação, o que comer mais, o que comer menos; incontinência urinária; alimentação, índice glicêmico; sol, benefícios e malefícios; e posturas adequadas nas tarefas do dia-a -dia. Sendo um assunto por dia. Essa prática de promoção da saúde é muito interessante, pois está acontecendo uma educação em saúde.
A nossa turma foi dividia em grupos para coordenar exercícios na última etapa das reuniões do gruo da coluna. Cada grupo ficou encarregado em elaborar atividades físicas e uma dinâmica para praticar com os participantes do grupo da coluna.
Além disso alguns alunos acompanharam os estagiários na visita domiciliar.

6ª Aula

Na aula de número seisa turma foi dividida em dois grupo e foi feito um debate. Um grupo formulava questões, a respeito de três textos previamente estudados pelos alunos, para que o outro grupo respondesse. Cada resposta correta correspondia a um ponto e cada resposta errada correspondia a zero pontos, ao fim da aula foram contados os pontos e constatou-se que os dois grupos empataram, pois nem um grupo errou nem uma pergunta (somos muito inteligentes hehehehe).
O debate foi sobre o Artigo Acolhimento e vínculo em uma equipe do Programa de saúde da Família de Maria Denise Schimith e Maria Alice Dias da Silva Lima (para ter acesso clique aqui), sobre o artigo as Concepções do Trabalhadores Acerca dos Usuários de Maria Denise Schimith e sobre o texto Cidadania e Saúde de Maria Itayra Coelho de Souza Padilha.
A partir desse debate foram tiradas as seguintes conclusões:

sobre o PSF
O psf é uma estrategia que foi criada com o objetivo de melhorar o atendimento por meio de um vinculo entre a comunidade e os profissionais da saúde, porém nao é isso q se verifica, pois o numero de consultas medicas é fixo, o tempo de consulta é muito pequeno e o atendimento é priorizado aos que chegam mais cedo. Isso faz com que a qualidade do atendimento seja diminuta e não haja oportunidade de se criar um vinculo com as pessoas da comunidade. Também acontece de o medico ser sobrecarregado com funçoes que poderiam ser feitas por outros profissionais, como por exemplo  a enfermeira. Outro ponto que deveria ser revisto é a organização e o sistema da Psf visando suprir a demanda exigida pela comunidade, o que geralmente não acontece. O PSF é um exemplo de acolhimento, porém o vinculo não é tão nitido.
Em relação a cidadania
A cidadania depende unicamente de conehcer os direitos e devers de um cidadão. Porque somente conhecendo seus direitos e dever alguem pode praticar a cidadania, dentro de suas decissoes e durante sua vida.

E em relação à acolhimento e vínculo
acolhimento e vinculo

Acolhimento na saúde é o sistema, as estruturas físicas e o atendimento, o lugar, as pessoas a quem recorrem os enfermos em busca de tratamento. O acolhimento é ajudar essas pessoas, atender suas necessidades. Já o vinculo vai além de simplesmente realizar o tratamento. O vinculo apenas acontece com os dois lados interagindo entre si, portanto o profissional da saúde deve abrir espaço para que o paciente se espresse, questione e pessa ajuda quando necessario, assim como também deve sanar as duvidas explicar doença e tratamento, dar vez e voz ao paciente, torna-lo ativo no processo de cura. É essencial, para que o vinculo aconteça, a educação o respeito e uma interação de igual para igual de profissionais para com pacientes.

Em relação a cidadania
A cidadania depende unicamente de conhecer os direitos e deveres de um cidadão. Porque somente conhecendo seus direitos e dever alguém pode praticar a cidadania, dentro de suas decissoes e durante sua vida.

5ª Aula

No quinto dia de aula foi a primeira visita da turma à comunidade São José para acompanhar o grupo da coluna.
O grupo da coluna é um grupo formado por hipertensos e diabéticos, em sua grande maioria, além de pessoas encaminhadas pela unidade de saúde da comunidade. O grupo é cordeando e organizado pela Professora Maria Saleti, professora responsável pelo estágio na comunidade
A turma já havia acompanhado o grupo durante alguns dias no primeiro semestre de curso. Era do conhecimento dos alunos funcionavam os encontros. 
Em primeiro lugar os participantes faziam a verificação da pressão arterial com os alunos no nono semestre, em seguida os mesmos alunos faziam uma pequena palestra sobre algum assunto de interesse dos participantes do grupo, neste dia foi falado sobre alimentação e distribuição dos alimentos nas refeições, quais tipos de alimentos em maior quantidade, quais em menor quantidade...
Após a palestra, nossa turma deveria coordenar exercícios com o grupo, mas isso não ocorreu, porque foi apenas um dia de apresentações e os participantes do grupo foram ouvidos a respeito de suas expectativas em relação aos exercícios.
Neste dia os alunos do terceiro semestre não acompanharam as visitas domiciliares, pois foi o primeiro dia de atendimento domiciliar dos estagiários.

4ª Aula

Atenção primária e promoção da saúde:

Certamente, uma das primeiras observações relativas ao cuidado da saúde que extrapola a tradicional abordagem da atenção médica constitui o relato das missões enviadas à China em 1973 e 1974, referindo um conjunto de atividades para a melhoria da saúde, predominantemente realizadas em ambiente rural e desenvolvidas pelos chineses desde 1965 com a inclusão da:
• organização da comunidade local,
• atenção aos anciãos, mais além da assistência do Estado,
• promoção do desenvolvimento de indústrias caseiras,
• ajuda às escolas e serviços em geral,
• organização do povo para cuidar da saúde ambiental,
• realização de cuidados preventivos e tratamentos, incluindo o uso de ervas medicinais,
• apoio à manutenção da ordem social no tráfego, policiamento e nos incêndios,
• promoção de campanhas de saúde em todos os níveis visando substituir velhos costumes e mobilizar a comunidade para:
- movimentos de massa contra as “quatro pestes”,
- limpeza das casas, quintais e ruas,
- orientação de hábitos higiênicos,
- manutenção e uso da água potável,
- construção de unidades rurais de saúde,
- preparação de insumos simples (utensílios, pílulas, poções),
- controle da limpeza de locais públicos.

DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE
CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE
Alma-Ata, URSS, 6 -12 de setembro de 1978



A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em Alma-Ata aos doze dias do mês de setembro de 1978, expressando a necessidade de ação urgente de todos os governos, aos que trabalhavam nos campos da saúde, do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a saúde a todos, formulou-se assim as seguintes declarações:

I) A Conferência enfatiza que a saúde - estado de completo bem- estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade - é um direito humano fundamental, e que a consecução do mais alto nível possível de saúde é a mais importante meta social mundial.

II) A chocante desigualdade existente no estado de saúde dos povos, particularmente entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, assim como dentro dos países, é política, social e economicamente inaceitável e constitui, por isso, objeto da preocupação comum de todos os países.

III) A promoção e proteção da saúde dos povos é essencial para o contínuo desenvolvimento econômico e social e contribui para a melhor qualidade de vida e para a paz mundial.

IV) É direito e dever dos povos participar individual e coletivamente no planejamento e na execução de seus cuidados de saúde.

V) Os governos têm pela saúde de seus povos uma responsabilidade que só pode ser realizada mediante adequadas medidas sanitárias e sociais. Uma das principais metas sociais dos governos, das organizações internacionais e de toda a comunidade mundial na próxima década deve ser a de que todos os povos do mundo, até o ano 2000, atinjam um nível de saúde que lhes permita levar uma vida social e economicamente produtiva.

VI) Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e automedicação.

VII) Os cuidados primários de saúde:

1 - Refletem, e a partir delas evoluem, as condições econômicas e as características socioculturais e políticas do país e de suas comunidades, e se baseiam na aplicação dos resultados relevantes da pesquisa social, biomédica e de serviços de saúde e da experiência em saúde pública.

2 - Têm em vista os principais problemas de saúde da comunidade, proporcionando serviços de proteção, cura e reabilitação, conforme as necessidades.

3 - Incluem pelo menos: educação, no tocante a problemas prevalecentes de saúde e aos métodos para sua prevenção e controle, promoção da distribuição de alimentos e da nutrição apropriada, previsão adequada de água de boa qualidade e saneamento básico, cuidados de saúde materno-infantil, inclusive planejamento familiar, imunização contra as principais doençasinfecciosas, preve nção e controle de doenças localmente endêmicas, tratamento apropriado de doenças e lesões comuns e fornecimento de medicamentos essenciais.

4 - Envolvem, além do setor saúde, todos os setores e aspectos correlatos dodesenvolvimento nacional e comunitário, mormente a agricultura, a pecuária, a produção de alimentos, a indústria, a educação, a habitação, as obras públicas, as comunicações e outros setores.

5 - Requerem e promovem a máxima autoconfiança e participação comunitária e individual no planejamento, organização, operação e controle dos cuidados primários de saúde, fazendo o mais pleno uso possível de recursos disponíveis, locais, nacionais e outros, e para esse fim desenvolvem, através da educação apropriada, a capacidade de participação das comunidades.

6 - Devem ser apoiados por sistemas de referência integrados, funcionais e mutuamente amparados, levando à progressiva melhoria dos cuidados gerais de saúde para todos e dando prioridade aos que têm mais necessidade.

7 - Baseiam-se, nos níveis locais e de encaminhamento, nos que trabalham no campo da saúde, inclusive médicos, enfermeiros, parteiras, auxiliares e agentes comunitários, conforme seja aplicável, assim como em praticantes tradicionais, conforme seja necessário, convenientemente treinados para trabalhar, social e tecnicamente, ao lado da equipe de saúde e responder às necessidades expressas de saúde da comunidade.

VIII) Todos os governos devem formular políticas, estratégias e planos nacionais de ação para lançar/sustentar os cuidados primários de saúde em coordenação com outros setores.

IX) Todos os países devem cooperar, num espírito de comunidade e serviço, para assegurar os cuidados primários de saúde a todos os povos, uma vez que a consecução da saúde do povo de qualquer país interessa e beneficia diretamente todos os outros países. Nesse contexto, o relatório conjunto da OMS/UNICEF sobre cuidados primários de saúde constitui sólida base para o aprimoramento adicional e a operação dos cuidados primários de saúde em todo o mundo.

X) Poder-se-á atingir nível aceitável de saúde para todos os povos do mundo até o ano 2000 mediante o melhor e mais completo uso dos recursos mundiais, dos quais uma parte considerável é atualmente gasta em armamento e conflitos militares. Uma política legítima de independência, paz, distensão e desarmamento pode e deve liberar recursos adicionais, que podem ser destinados a fins pacíficos e, em particular, à aceleração do desenvolvimento social e econômico, do qual os cuidados primários de saúde, como parte essencial, devem receber sua parcela apropriada.


CARTA DE OTTAWA
PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Ottawa, novembro de 1986.

A Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá, em novembro de 1986, apresenta neste documento sua Carta de Intenções, que seguramente contribuirá para se atingir Saúde para Todos no Ano 2000 e anos subseqüentes. Esta Conferência foi, antes de tudo, uma resposta às crescentes expectativas por uma nova saúde pública, movimento que vem ocorrendo em todo o mundo. As discussões focalizaram principalmente as necessidades em saúde nos países industrializados, embora tenham levado em conta necessidades semelhantes de outras regiões do globo. As discussões foram baseadas nos progressos alcançados com a Declaração de Alma-Ata para os Cuidados Primários em Saúde , com o documento da OMS sobre Saúde Para Todos.
Assim criou-se a promoção da saúde, que diz que esse nome é dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas.
Na carta de Ottawa foi realizado alguns pré-requisitos para a saúde, que são: paz, habitação, alimentação, educação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade.
A defesa de causa da carta de Ottawa diz que a saúde é o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma importante dimensão da qualidade de vida. Fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos podem tanto favorecer como prejudicar a saúde. As ações de promoção da saúde objetivam, através da defesa da saúde, fazer com que as condições descritas sejam cada vez mais favoráveis.
Alcançar a eqüidade em saúde é um dos focos da promoção da saúde. As ações de promoção da saúde objetivam reduzir as diferenças no estado de saúde da população. Isto inclui uma base sólida: ambientes favoráveis, acesso à informação, a experiências e habilidades na vida, bem como oportunidades que permitam fazer escolhas por uma vida mais sadia.
Criando ambientes favoráveis vemos que nossas sociedades são complexas e inter-relacionadas. Assim a saúde não pode estar separada de outras metas e objetivos. A conservação dos recursos naturais do mundo deveria ser enfatizada como uma responsabilidade global. Mudar os modos de vida, de trabalho e de lazer tem um significativo impacto sobre a saúde. A promoção da saúde gera condições de vida e trabalho seguras, estimulantes, satisfatórias e agradáveis.
Reforçando a ação comunitária a promoção da saúde trabalha através de ações comunitárias concretas e efetivas no desenvolvimento das prioridades na tomada de decisão, visando a melhoria nas condições de saúde. O desenvolvimento das comunidades é feito sobre os recursos humanos e materiais nelas existentes para intensificar a auto-ajuda e o apoio social, e para desenvolver sistemas flexíveis de reforço da participação popular na direção dos assuntos de saúde.
A promoção da saúde apóia o desenvolvimento pessoal e social através da divulgação de informação, educação para a saúde e intensificação das habilidades vitais. Com isso, aumentam as opções disponíveis para que as populações possam exercer maior controle sobre sua própria saúde e sobre o meio -ambiente, bem como fazer opções que conduzam a uma saúde melhor.É essencial capacitar as pessoas para aprender durante toda a vida, preparando-as para as diversas fases da existência, o que inclui o enfrentamento das doenças crônicas e causas externas.

Os participantes desta Conferência comprometem-se a:

• atuar no campo das políticas públicas saudáveis e advogar um compromisso político claro em relação à saúde e à eqüidade em todos os setores;

• agir contra a produção de produtos prejudiciais à saúde, a degradação dos recursos naturais, as condições ambientais e de vida não-saudáveis e a má-nutrição; e centrar sua atenção nos novos temas da saúde pública, tais como a poluição, o trabalho perigoso e as questões da habitação e dos assentamentos rurais;

• atuar pela diminuição do fosso existente, quanto às condições de saúde, entre diferentes sociedades e distintos grupos sociais, bem como lutar contra as desigualdades em saúde produzidas pelas regras e práticas desta mesma sociedade;

• reconhecer as pessoas como o principal recurso para a saúde; apóia- las e capacitá-las para que se mantenham saudáveis a si próprias, às suas famílias e amigos, através de financiamentos e/ou outras formas de apoio; e aceitar a comunidade como porta-voz essencial em matéria de saúde, condições de vida e bem-estar;

• reorientar os serviços de saúde e os recursos disponíveis para a promoção da saúde; incentivar a participação e colaboração de outros setores, outras disciplinas e, mais importante, da própria comunidade;

• reconhecer a saúde e sua manutenção como o maior desafio e o principal investimento social dos governos; e dedicar-se ao tema da ecologia em geral e das diferentes maneiras de vida;

• a Conferência conclama a todos os interessados juntar esforços no compromisso por uma forte aliança em torno da saúde pública.
Por um nação internacional a Conferência está firmemente convencida de que se as pessoas, as ONGs e organizações voluntárias, os governos, a OMS e demais organismos interessados, juntarem seus esforços na introdução e implementação de estratégias para a promoção da saúde, de acordo com os valores morais e sociais que formam a base desta Carta, a Saúde Para Todos no Ano 2000 será uma realidade!

DECLARAÇÃO DE ADELAIDE
SEGUNDA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Adelaide, Austrália, 5-9 de abril de 1988

A Conferência de Adelaide, realizada em abril de 1988 e cujo tema central foram as políticas voltadas para a saúde (políticas saudáveis), manteve a direção já estabelecida nas Conferências de Alma-Ata e Ottawa. Duzentos e vinte participantes de quarenta e dois países compartilharam experiências sobre como formular e implementar políticas públicas saudáveis. As estratégias para a ação em prol de políticas públicas voltadas para a saúde, recomendadas a seguir, refletem o consenso alcançado na Conferência de Adelaide.

A conferencia de Adelaide propõe:

- POLÍTICAS PUBLICAS SAUDAVÉIS: caracterizam-se pelo interesse e preocupação explícitos de todas as áreas das políticas públicas em relação à saúde e à eqüidade, e pelos compromissos com o impacto de tais políticas sobre a saúde da população. O principal propósito de uma política pública saudável é criar um ambiente favorável para que as pessoas possam viver vidas saudáveis.

- O VALOR DA SAÚDE: é ao mesmo tempo um direito humano fundamental e um sólido investimento social. Os governos devem investir recursos em políticas públicas saudáveis e em promoção da saúde, de maneira a melhorar o nível de saúde dos seus cidadãos. Um princípio básico de justiça social é assegurar que a população tenha acesso aos meios imprescindíveis para uma vida saudável e satisfatória. Ao mesmo tempo, isto aumentará, de maneira geral, a produtividade da sociedade tanto em termos sociais como econômicos.

- EQÜIDADE, ACESSO E DESENVOLVIMENTO:

As iniqüidades no campo da saúde têm raízes nas desigualdades existentes na sociedade. Para superar as desigualdades existentes entre as pessoas em desvantagem social e educacional e as mais abastadas, requer-se políticas que busquem incrementar o acesso daquelas pessoas a bens e serviços promotores de saúde, e criar ambientes favoráveis. Tal política deveria estabelecer alta prioridade aos grupos mais desprivilegiados e vulneráveis. Além disso, uma política pública saudável reconhece como peculiar a cultura de povos indígenas, minorias éticas e imigrantes. A igualdade no acesso aos serviços de saúde, particularmente quanto aos cuidados primários, é um aspecto vital da eqüidade em saúde.

-RESPONSABILIDADES PELA SAÚDE: O desenvolvimento de políticas públicas saudáveis é tão importante no nível local quanto no nível nacional. Os governos devem definir metas explícitas que enfatizem a promoção da saúde. A responsabilidade pública pela saúde é um componente essencial para o fornecimento das políticas públicas comprometidas com a saúde. A Conferência enfatiza a necessidade de avaliar o impacto destas políticas. Devem ser desenvolvidos sistemas de informação para a saúde que apóiem este processo. Isto encorajará os níveis mais altos de decisão a alocarem futuros recursos na implementação das políticas públicas saudáveis.

-PARA ALÉM DOS CUIDADOS DE SAÚDE: As políticas públicas voltadas para a saúde devem responder aos desafios colocados por um mundo de crescentes e dinâmicas transformações tecnológicas, com suas complexas intenções ecológicas e crescente interdependência internacional. As possíveis conseqüências destes desafios no campo da saúde não podem ser resolvidas pela maioria dos atuais sistemas de cuidados à saúde, que estão ultrapassados. Os esforços em promover a saúde são essenciais, o que requer uma abordagem integrada do desenvolvimento social e econômico, que restabeleça os laços entre a reforma social e a reforma da saúde, propostos como princípio básico pela OMS desde a década passada.

-PARCEIROS NO PROCESSO POLÍTICO:

Os governos têm um importante papel no campo da saúde, mas este é também extremamente influenciado por interesses corporativos e econômicos, organizações não governamentais e organizações comunitárias. A capacidade potencial destas organizações em preservar e promover a saúde das populações.

-ÁREAS DE AÇÃO:
• Apoio à saúde da mulher;
• Alimentação e nutrição;
• Tabaco e álcool;
• Criando ambientes saudáveis;

-DESENVOLVENDO NOVAS ALIANÇAS NA SAÚDE: As instituições educacionais precisam responder às necessidades emergentes da nova saúde pública, reorientando os currículos existentes, no sentido de melhorar as habilidades em capacitação, mediação e defesa da saúde pública. No desenvolvimento das políticas, o poder deve migrar do controle para o apoio técnico. Além disso, são necessários eventos que permitam troca de experiências nos níveis local, nacional ou internacional.
A Conferência recomenda que grupos de trabalho locais, nacionais e internacionais:

• estabeleçam centros promotores de boa prática no desenvolvimento das políticas públicas saudáveis;

• desenvolvam redes de pesquisadores, educadores e gestores, para discutir processos de análise e implementação das políticas públicas voltadas a saúde.

-DESAFIOS FUTUROS:

1. Assegurar uma distribuição eqüitativa dos recursos, mesmo em condições econômicas adversas, é um desafio para todas as nações.

2. A meta de Saúde para Todos no Ano 2000 somente será alcançada se a criação e preservação das condições de vida e trabalho saudáveis forem uma preocupação central em todas as decisões de políticas públicas. O trabalho em boas condições ( proteção no trabalho, oportunidades de emprego, qualidade de vida produtiva do trabalhador) afeta significativamente a saúde e a felicidade das pessoas.

3. O desafio fundamental para as nações e as agências internacionais alcançarem políticas públicas voltadas à saúde é o de desenvolver parcerias para a construção da paz, respeitando os direitos humanos, a justiça social, a ecologia e o desenvolvimento sustentável em todo o planeta.

4. Em muitos países, a saúde é responsabilidade de diferentes instâncias de decisões políticas. Para atingir melhores níveis de saúde, devemos encontrar novas formas de colaboração dentro e entre os diferentes atores, e também entre os diversos níveis de decisão.

5 - Políticas públicas voltadas à saúde devem assegurar que os avanços das tecnologias direcionadas à atenção à saúde ajudem, em vez de esconder, o processo de aprimoramento da eqüidade social.

-RENOVAÇÃO DO COMPROMISSO: No interesse da saúde global, os participantes da Conferência de Adelaide conclamam que todos reafirmem o compromisso por uma forte aliança na saúde pública, como preceitua a Carta de Ottawa.

DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL
TERCEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Sundsvall, Suécia, 9-15 de junho de 1991
PROPOSTAS PARA AÇÃO

A Conferência de Sundsvall acredita que as propostas para a implementação das estratégias para a Saúde Para Todos no Ano 2000 devam refletir dois princípios fundamentais:

1. A eqüidade deve ser a prioridade básica na criação de ambientes favoráveis à saúde, reunindo energia e poder criativo com a inclusão de todos os seres humanos num único esforço. Todas as políticas que almejam um desenvolvimento sustentável devem estar sujeitas a novas formas e processos de prestação de contas, de maneira a alcançar uma distribuição mais eqüitativa de recursos e responsabilidades. Toda alocação de recursos e ação política deve ser baseada em prioridades e compromissos claros para com os mais pobres, aliviando a dura vida dos marginalizados, grupos minoritários e pessoas com deficiência física. O mundo industrializado precisa pagar o débito humano e ambiental que acumulou através da exploração do mundo em desenvolvimento.

2. Ações do setor público para criar ambientes favoráveis à saúde devem levar em conta a interdependência entre todos os seres vivos, e devem gerenciar os recursos naturais, levando em consideração as necessidades das futuras gerações. Os povos indígenas têm uma peculiar relação espiritual e cultural com o ambiente físico, que pode servir como uma rica lição para o resto do mundo. É essencial, daqui para a frente, que os povos indígenas sejam envolvidos nas atividades de desenvolvimento sustentável e nas negociações que dizem respeito ao seu direito à terra e à sua herança cultural.

DECLARAÇÃO DE SANTAFÉ DE BOGOTÁ
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Santafé de Bogotá, Colômbia, 9-12 de novembro de 1992

- COMPROMISSOS:
O direito e o respeito à vida e à paz são os valores éticos fundamentais da cultura e da saúde. Torna -se indispensável que a promoção da saúde na América Latina assuma estes valores, cultive -os e pratique-os habitualmente.

1. Impulsionar o conceito de saúde condicionada por fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, de conduta e biológicos, e a promoção da saúde como estratégia para modificar estes fatores condicionantes.

2. Convocar as forças sociais para aplicar a estratégia de promoção da saúde, colocando os propósitos sociais à frente dos interesses econômicos, a fim de criar e manter ambientes familiares, físicos, naturais, de trabalho, sociais, econômicos e políticos que tenham a intenção de promover a vida, e não degradá-la.

3. Incentivar políticas públicas que garantam a eqüidade e favoreçam a criação de ambientes e opções saudáveis.

4. Afinar mecanismos de concentração e negociação entre os setores sociais e institucionais para levar a cabo ativida des de promoção da saúde, visando avançar até alcançar o bem-estar, propiciando a transferência de recursos de investimento social às organizações da sociedade civil.

5. Consolidar uma ação que se comprometa a reduzir gastos improdutivos, tais como os pressupostos militares, desvios de fundos públicos gerando ganâncias privadas, profusão de burocracias excessivamente centralizadas e outras fontes de ineficiência e desperdício.

6. Fortalecer a capacidade da população nas tomadas de decisões que afetem sua vida e para optar por estilos de vida saudáveis.

7. Eliminar os efeitos diferenciais da iniqüidade sobre a mulher. A participação da mulher, genitora de vida e bem-estar, constitui um elo indispensável na promoção da saúde na América Latina.

8. Estimular o diálogo entre diferentes culturas, de modo que o processo de desenvolvimento da saúde se incorpore ao conjunto do patrimônio cultural da região.

9. Fortalecer a capacidade convocatória do setor saúde para mobilizar recursos para a produção social da saúde, estabelecendo responsabilidades de ação nos diferentes setores sociais e seus efeitos sobre a saúde.

10. Reconhecer como trabalhadores e agentes de saúde todas as pessoas comprometidas com os processos de promoção da saúde, da mesma maneira que os profissionais formados para a prestação de serviços assistenciais.

11. Estimular a investigação na promoção da saúde, para gerar ciência e tecnologia apropriada e disseminar o conhecimento resultante, de forma que se transforme em instrumento de liberdade, mudança e participação.

DECLARAÇÃO DE JACARTA
QUARTA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Jacarta, Indonésia, 21-25 de julho de 1997
PRIORIDADES PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE NO SÉCULO XXI

1. Promover a responsabilidade social para com a saúde
Os tomadores de decisão devem estar firmemente comprometidos com a responsabilidade
social. Tanto o setor público quanto o privado deveriam promover a saúde, indo ao encalço de
políticas e práticas que:

• evitem prejudicar a saúde de outros indivíduos,

• protejam o meio ambiente e assegurem o uso sustentável dos recursos,

• restrinjam a produção e o comércio de produtos e de substâncias inerentemente
prejudiciais, tais como tabaco e armas, assim como práticas de mercado insalubres,

• salvaguardem tanto o cidadão no ambiente de mercado como o indivíduo no local de
trabalho,

• incluam uma avaliação do impacto sobre a saúde focalizado na eqüidade como parte
integral da elaboração de políticas.

2. Aumentar os investimentos para fomentar a saúde
Em muitos países, o investimento atualmente feito no setor saúde é inadequado e, muitas vezes, ineficaz. Um aumento de investimento para o fomento da saúde requer um enfoque realmente multissetoria l, incluindo recursos adicionais para a educação e para a habitação, bem como para o setor saúde. Um maior investimento para a saúde e uma reorientação desinvestimentos existentes - tanto dentro dos países como entre países - têm o potencial de avançar
significativamente o desenvolvimento humano, a saúde e a qualidade de vida.

3. Consolidar e expandir parcerias em prol da saúde
A promoção da saúde requer parcerias para o desenvolvimento social e da saúde entre os
diferentes setores e em todos os níveis de governabilidade e da sociedade. As parcerias já existentes necessitam ser reforçadas, e o potencial para novas parcerias tem de ser explorado.
As parcerias oferecem beneficio mútuo para a saúde através do compartilhamento de especializações, habilidades e recursos. Cada parceria tem que ser transparente e responsável pela prestação de contas, e fundamentar-se em princípios éticos ajustados, compreensão e respeito mútuos. As diretrizes da OMS devem ser obedecidas.

4. Aumentar a capacidade comunitária e dar direito de voz ao indivíduo
A promoção da saúde efetua-se pelo e com o povo, e não sobre e para o povo. Ela melhora
tanto a habilidade das pessoas para agir como a capacidade de grupos, organizações ou
comunidades para influenciar os determinantes da saúde.
Para melhorar a capacidade das comunidades e promover a saúde, requer instrução prática, treinamento em liderança e acesso aos recursos. Dar o direito de voz às pessoas requer acesso mais consistente ao processo de tomada de decisão e às habilidades e conhecimentos essenciais
para efetuar a mudança. Tanto a comunicação tradicional como os novos meios de informação apóiam esse processo. É necessário utilizar os recursos sociais, culturais e espirituais de formas inovadoras.

5. Conseguir uma infra -estrutura para a promoção da saúde.
Para conseguir uma infra-estrutura para a promoção da saúde faz-se necessário encontrar novos mecanismos para seu custeio nos níveis local, nacional e mundial. Devem-se criar incentivos para influenciar as ações de organizações governamentais e não-governamentais, instituições educacionais e o setor privado, a fim de assegurar que a mobilização de recursos para a promoção da saúde seja maximizada. “Localidades para a saúde” representam a base organizacional da infra-estrutura necessária para a promoção da saúde. Novos desafios sanitários significam que redes novas e diversificadas têm de ser criadas para se conseguir a colaboração intersetorial. Tais redes deveriam prestar assistência mútua dentro e entre países e facilitar o intercâmbio de informações sobre que estratégias são eficazes e em que localidades.
Deve-se incentivar o treinamento e a prática das habilidades da liderança local para apoiar as atividades de promoção da saúde. Deve-se intensificar a documentação de experiências em promoção da saúde através de pesquisas e relatos sobre projetos, a fim de aprimorar o planejamento, a implementação e a avaliação.
Todos os países deveriam criar os ambientes político, jurídico, educacional, social e econômico apropriados, necessário s para apoiar a promoção da saúde.

Mais informações a respeito das conferencias clique aqui.

sábado, 3 de dezembro de 2011

3ª Aula

Durante a terceira aula a turma foi dividida em dois grupos, cada grupo confeccionou um cartaz com imagens que representassem promoção da saúde, porém ainda não havíamos trabalhado este conceito. 
Quando os cartazes estavam prontos o texto Uma introdução ao conceito de Promoção da Saúde de Paulo Marchiori Buss foi trabalhado.
O texto traz alguns aspectos de promoção da saúde tais como, a promoção da saúde envolve todos os setores da comunidade, envolvendo nao só a saúde, pois promover a saúde é evitar a doença, para isso é preciso moradia adequada, alimentação adequada, saneamento básico, acesso aos recursos da saúde, é preciso viver em um ambiente saudável. Enfim para se manter a saúde é preciso uma mobilização de inúmeros setores.
Além disso o texto também diferencia brevemente promoção da saúde de prevenção. A promoção visa manter a saúde com uma boa qualidade de vida, com a educação em saúde e com a prevenção. A prevenção em si é apenas, como por exemplo, ser vacinado para não ficar doente, lavar as mãos continuamente, como foi divulgado nos meios de comunicação durante o surto da gripe "A".
Para explicar melhor pego o exemplo da gripe  "A". A divulgação nos meios de comunicação de hábitos preventivos foi um tipo de promoção da saúde, já a prática de tais hábitos foi a prevenção.
Com tais conceitos os alunos fizeram correções em seus cartazes marcando o que seria prevenção e acrescentando medidas de promoção.
Um dos grupos criou um esquema muito interessante que comparava o sistema de saúde com uma árvore, onde as raízes representam a promoção da saúde (atenção primária), o tronco representava a atenção secundária á saúde, os galhos a atenção terciária e a copa da árvore, em fim, era o objetivo saúde.

2ª Aula

Na segunda aula assistimos e debatemos um pouco a respeito do filme The Doctor.
Neste filme, William Hurt interpreta o médico/paciente Dr. Jack que sofre de um mal: câncer nas cordas vocais. Você tem contato com um profissional admirado que se ocupa quase que unicamente de seu trabalho, tanto que sua família é “alocada” no filme – pois em uma das muitas cenas interessantes, você chega a acreditar que a esposa do Dr. Jack é apenas uma paquera “acidental” de percurso. O curioso é que o médico tem um filho com o qual tem um contato limitado: ambos parecem já não saber mais o que dizer um ao outro.
Jack é um médico solitário, egoísta e totalmente indiferente aos seus pacientes, os quais são apenas números em um papel com leitos de hospital. A doença com tudo o leva de encontro a si mesmo: na condição de paciente, ele quer ser tratado com relevante diferença, pois não se posiciona enquanto paciente e sim enquanto médico. O caso é que o médico Jack descobre como é ser apenas um número em um papel com leito num hospital onde ele trabalha há mais de dez anos.
O filme mostra uma transformação interessante: Jack se humaniza devido a sua doença porque consegue um olhar sobre si mesmo, seja através da demora de um exame ou da espera por uma resposta sobre o andamento de seu tratamento ou ainda da indiferença por parte da médica que o atende. E há ainda a jovem com um tumor no cérebro (Elizabeth Perkins) que se torna amiga de Jack – uma jovem que enfrenta seu destino com calma e tranqüilidade, mesmo estando diante do inevitável: sua morte. E mesmo sua morte sendo conseqüência da burocracia que rege o universo hospitalar, ela é dócil, amável e trata as pessoas com aprazível amorosidade, diferentemente de Jack. A presença da personagem é fundamental para mostrar ao médico que ele pode ser mais que um homem solitário e egoísta, permitindo que as pessoas estejam próximas a ele ou pelo menos percebendo que aqueles seres que habitam a sua volta: sejam estes seus pacientes, sua esposa ou seu filho – são pessoas com suas dores, angústias, temeridades, esperanças…
A cena do filme que mais me impressiona é o momento em que ele dança com June no deserto ao som da música Strange Angels – ao final, ele está ofegante e acho que pasmo diante de si mesmo. Afinal, ele finalmente se dá conta, que precisou estar doente para se permitir viver. A seguir, ele se lembra de ligar para esposa, alguém que ele manteve distante demais e que já não sabe mais como se aproximar dela. Ela sabe de tudo que acontece em sua vida através da secretária do Dr. Jack e quando ele descobre que o tratamento não está funcionando não é ela quem ele busca.

A partir desse filme podemos refletir em como o sistema de saúde e os profissionais seriam melhor, com uma qualidade superior se o atendimento fosse diferenciado e levasse em consideração a pessoa em seu todo. As vezes, como relata o filme, somos tratados apenas como uma parte do corpo que está "estragada" que deve ser "consertada", segundo o modelo mecanicista que tomou conta da ciência ao longo do tempo.


Para baixar o filme clique aqui.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

1ª Aula

Na primeira aula foi feita uma dinâmica de integração entre alunos e professora, fazendo apresentação básica sobre si, expondo o acontecimento mais importante da vida de cada um e sobre as expectativas em relação à disciplina.
A dinâmica deu-se com as pessoas envolvidas sentadas em um circulo, onde o primeiro participante segurou a ponta de um novelo de lã, apresentou-se e etc, e em seguida jogou o novelo para outra pessoa, que também realizou o mesmo ritual, e assim sucessivamente, até que o novelo passou por todos os integrantes da turma. Ao fim formou-se uma teia com o novelo de lã já quase totalmente desenrolado. A teia significa que estamos interligados e que se alguém puxar a sua ponta, isso irá repercutir em todo o resto. Ao desenrolar a teia também foi observado que foi necessária o trabalho em equipe.

Um pouco sobre a disciplina

A disciplina Fisio na Promoção da saúde visa expor o que é promoção da saúde, diferenciá-la de prevenção e apresentar o que a fisioterapia especificamente pode fazer nesta área.
Durante o primeiro bimestre foram administradas aulas teóricas de maneiras bem dinâmicas, promovendo debates entre os alunos e incentivando-os a formar opiniões sobre o assunto. No segundo bimestre a turma foi para a comunidade ver na prática a promoção da saúde juntamente com os alunos do nono semestre (alunos já no estágio final do curso).
Na comunidade os alunos acompanharam o grupo da coluna, organizado pela professora Analu Rodrigues, com a colaboração da Professora Maria Saleti. Os encontros do grupo da coluna primeiramente consistiam em uma pequena palestra administrada por alguns alunos do nono semestre sobre saúde, tal prática caracterizada como educação em saúde, uma opção de atuação da promoção da saúde. Em seguida os alunos do terceiro semestre coordenavam alguns exercícios seguidos de uma dinâmica, nem sempre a dinâmica era possível, pois os participantes tinham compromissos logo após os encontros.

BOM DIA!!

BOOM DIA GALERA!!!
Começando o dia empolgada, podendo postar no nosso super blog de promoção da saúde.
Eu sou Bruna Martins, acadêmica da fisioterapia da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).
Acredito que muita gente poderá se beneficiar, do nosso blog, pois existe um grande numero de pessoas na comunidade, que não tem conhecimento do que é promoção da saúde, contudo realizamos este blog, lembrando que a internet hoje é um meio de educação, de globalização de informações e de fácil acesso.
Então deixo meu abraço a todos.
COMENTEM GALERA!! UHUL

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Primeiro Post

Olá!!
Primeiro post do Blog Fisioterapia na Promoção da Saúde!!!
Primeiramente, gostaria de me apresentar, meu nome é Anerosali Spohr, sou acadêmica de fisioterapia da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), curso o terceiro semestre. Este blog será atualizado por mim Ane :D e pela minha colega de curso, Bruna Martins.
O Blog apresentará os assuntos e as metodologias de apresentação dos mesmos durante o segundo semestre de 2011 na disciplina Fisioterapia na Promoção da Saúde, cuja professora responsável é a Professora Analú Rodrigues, em forma de portfólio online. Além de ser um trabalho acadêmico para a disciplina citada, ofereceremos também a oportunidade às demais pessoas que se interessam no assunto promoção da saúde, de ter acesso a essas informações.

O que mais tenho a dizer... Bom proveito!!